posso parecer o aquilo que sou, mas não deixo de escrever sobre o que penso;
há muito que defendo que as escolas estão recheadas de massa cinzenta; são dos poucos sítios, em muitos concelhos deste país, que têm quadros técnicos de nível superior - e a escola tem muitos por metro quadrado;
mas as escolas são também das organizações onde mais dificilmente se aprende uns com os outros, entre pares;
o modelo de ensino e aprendizagem está de tal modo enraizado que é difícil falar e ouvir, partilhar ideias, perceber outros pontos de vista dentro da mesma organização;
choca-se, muitas vezes, com a excessiva pessoalização dos temas (intrigas, gostos e simpatias ou o seu contrário) ou apenas com o receio do diferente (onde se considera ameaça ao instituído);
quando troco de escola esta situação torna-se-me mais evidente e percebo (mais e melhor) que há manifestas dificuldades de aprendermos entre pares e promover a organização em detrimento de questões mais individuais (ou individualistas);
promover a a partilha acaba por ficar circunscrita a pequenos grupos (de amizades, de interesses, de cumplicidades) e a organização pouco e poucas vezes ganha com isso;
mas é o que temos
Sem comentários:
Enviar um comentário