sexta-feira, 31 de agosto de 2018

mundança

mudar implica alguns transtornos - outras dinâmicas, outras pessoas, outras lógicas, outros princípios outros interesses, etc;
mas tem sido esta mudança que me tem permitido crescer mediante o conhecer de diferentes realidades, de tudo aquilo que implica mudar;
certamente que andarei em jet lag pedagógico durante algum tempo, disso aqui darei conta;

longe mas muito pertinho

deixo, uma vez mais, aquela que é a minha escola, o AE de Vendas Novas;
trago e levo, desde já, saudades;
aprendi a gostar daquela terra, daquela gente;
deixo para trás a minha escola mas certo que a ela deverei regressar, como tem sido meu hábito, qual porto de abrigo seguro quer ali fica;
às companhias que por ali ficam, a saudade do futuro...

nem de propósito

ontem, esperava eu pela filhota, monitora no ATL municipal, quando captei a imagem que dou conta;
mal imaginava eu que, à tarde, saberia que seria a imagem que iria ter pela frente durante o próximo ano lectivo, colocado que fui na escola Cunha Rivara;

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

das regras

na sequência da entrada anterior, destaco aquilo que considero ser a importância das regras;
não se parta do pressuposto que o aluno conhece as regras; o mais das vezes não as tem ou, se as tem, não raras vezes elas são diferentes das que o professor pensa ou pretende para a sua sala de aula; e quando as tem há que saber gerir entre regras individuais e regras do colectivo;

que sejam poucas e claras, pessoalmente tenho uma, sala de aula = sala de trabalho, tudo o que implique perturbar o trabalho (de quem quer que seja) não é permitido;

que sejam negociadas com os alunos desde início, que sejam conhecidas de todos e que todos participem na sua elaboração e na construção das penalizações;

haja coerência e consistência na sua aplicabilidade e respeito; o professor, enquanto juiz da sala de aula, não pode cair na arbitrariedades ou descricionaridade, considero que seja a pior das situações, que conduz a sentimentos de injustiça e ao descontrolo da sala de aula;

não se resolve o comportamentos desrespeitoso, nem perturbador da sala de aula, onde, por vezes, é o protagonismo individual que se destaca ou que se procura; mas definem-se, entre todos, elementos de convivência do colectivo e de gestão dos comportamentos e da dinâmica de sala de aula;

tecnologia e alienação

a propósito deste apontamento;
tenho permitido a utilização do telemóvel em sala de aula, em função de regras;
a regra é simples, e definida entre todos no início do ano, se um for apanhado e reincidente em utilização indevida a turma fica suspensa do seu uso; radical, mas é a responsabilização do individual perante o colectivo;
e isto porque, defendo que o telemóvel é, simultaneamente, elemento de trabalho (quem é que não o usa para pesquisas, mapas, redes ou outras funções que não apenas a de telefonar) mas e ao mesmo tempo, um elemento de alienação; de distanciação de um presente e/ou de um espaço; sendo esta a mais complexa de gerir;
considero essencial a existência de regras, simples, poucas, conhecidas e trabalhadas entre a turma;

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

a propósito do regresso à escola

se alguns pensam que só os alunos (e alguns pais/encarregados de educação) ficam em stresse pelo regresso às aulas vejam este sítio,
preparo o ano; ainda não sei se ficarei naquela que é a minha escola (a 53km de casa) se me mudo e para onde; 
mas preparo as coisas genéricas, organizo aquilo que, independentemente do sítio, serve para o arranque do ano; 
uma dessas coisas é a revisão da minha página web, forma de comunicar com os alunos, de os ajudar a navegar e a utilizar a web e forma de comunicar com pais/encarregados de educação (eles que consideram saber quase tudo, mas que precisam de conhecer para criar perspectiva), 

terça-feira, 28 de agosto de 2018

outro dos princípios

Koisas da escola, ao qual acrescentei um x na barra de endereço, porque, cá por casa à falta de melhor é o termo coisas que surge por tudo e por nada - dá-me aí essa coisa, olha a coisa, a coisa que aconteceu...

vai daí e a minha organização está feita tendo por base essa mesma palavra, coisas;

assim surgem coisas minhas, coisas da educação, coisas da escola, coisa de casa, and so on

há muito que queria esta designação, não estava disponível e surgiu, então, o coisas das aulas, alternativa que, na altura, me pareceu adequada,

no regresso refiz a designação e acrescentei-lhe este x de modo a ficar e a utilizar aquela que é a designação da qual mais gosto, coisas da escola;

como substituí o c pelo k para dar uma ideia de alguma juvenialidade - ideia...

coisa de princípio

estava para escrever que no princípio era o verbo, mas não sei se foi, não estava lá;
dou início ao meu talvez 5 blogue; pode ser exemplo do meu inconformismo como da minha inconsistência,

esta é a primeira entrada, por isso mais extensa, digo ao que venho e o que por aqui se poderá ler e encontrar; será para esta mesma entrada inicial que irei remeter as vezes que considere necessário para eventuais esclarecimentos;

costumo apresentar-me dizendo
54 anos
casado, dois filhos
professor dos ensino básico e secundário, grupo 400, história, 29 anos de serviço docente;
licenciado pela universidade de Évora, depois o caminho foi feito naquele que é agora o Instituto de Educação, pós graduação e mestrado em Ciências da Educação, área de Administração Educacional, e doutoramento em Políticas Educativas e Administração Escolar
benfiquista, socialista (não tenho vergonha), agnóstico, heterossexual e alentejano;
são estes os meus princípios de conversa; são aqueles que me condicionam o pensar e o agir;

na escola já fiz um pouco de tudo, como, certamente, a maioria dos docentes; leccionei do 7º ao 12º, cursos regulares e não regulares (currículos alternativos, vocacionais e de educação e formação),
fui vice presidente de um conselho diretivo (AE de Alandroal) e presidente de uma comissão administrativa provisória (AE de Viana do Alentejo); coordenador do departamento que integro, o de ciências sociais e humanas, colaborador regular e pontual da biblioteca da minha escola (AE de Vendas Novas);

não tenho a pretensão nem a veleidade de ensinar o que quer que seja a quem quer que seja, mas, fruto da idade e da experiência, sinto-me habilitado para partilhar ideias e práticas, emoções e sensações da escola e da sala de aula;

se tenho veleidade de alguma coisa passa por trocar e partilhar ideias sobre a escola de hoje, recheada de múltiplas interpretações e de mais ainda considerações e valorizações; todos têm uma pontinha que seja de opinião sobre a escola, como foi, como é, e, muito particularmente, como devia ser;

que sirva aos professores enquanto espaço de partilha de ideias e de prática
irão aparecer inúmeras entradas sobre a minha prática pedagógica, assente, inicialmente, há coisa de 20 anos atrás, na pedagogia diferenciada, e, mais recentemente, na metodologia de projecto, o que penso sobre ela, as minhas dificuldades e os meus constrangimentos como de alguns exemplos positivos;

como surgirão apontamentos sobre a minha leitura e a minha interpretação de políticas, sejam elas nacionais, sejam locais;

a caixa de comentários está aberta e, apesar desta rede nãos ser a mais badalada, será interessante o feedback ao qual responderei sempre aos que assumam identidade, a anónimos nem por isso...